sábado, 30 de janeiro de 2010

MAS EU ME MORDO DE CIÚME


Sou totalmente avesso à violência, seja ela física, pscológica ou disfarçada (como é o caso das discriminações), mas estou adorando quebra-pau dentro PMDB. O PT, que sempre foi visto pela imprensa como um partido desorganizado, baderneiro e confuso, se mostrou muito civilizado ao apressar-se em promover a paz interna entre suas lideranças. O PT não é um partido de cacique e nem de cúpula partidária. É um partido extremamente democrático onde todos (eu disse todos) os filiados tem direito de votar e ser votado nas decições internas da legenda. Não escolhe um presidente do partido, seja ele zonal, municipal, estudual ou nacional sem que haja uma consulta dos seus filiados. Não há escolha de candidatos que vão disputar uma eleição que não seja longamente debatido dentro do partido. Até para presidente da República.

A contrário disso, outros partidos como PMDB só se decidem as coisas quando os caciques é que dão as cartas. Fora isso nada mais ocorre. Ontem (29.01.10) o governador do Paraná Roberto Requião esteve em Campo Grande para se lançar candidato a presidente do Brasil e num momento onde era para se debater idéias e propostas para construção de uma plataforma de governo, o que se viu foi um mau-estar gerado pela antecipada declaração de apoio do Prefeito da capital, Nelson Trad Filho à ministra Dilma Rossef. O governador extremante incomadado e numa situação de saia justa, acabou usando em seu discurso um tom ameaçador ao Nelsinho sugerindo até que deixasse o partido, conforme relatou o Correio do Estado de 30.01.10.

Com o apoio do Prefeito ao PT nacional, com a pressão do BDR (Bloco Democrático Reformista) composto pelos partidos, PSDB, DEM e PPS, para lançar a Senadora Marisa Serrano ao governo e com o apoio já antecipado e já confirmado do PDT ao projeto petista, o governador André Puccinelli começa a ver que ele já não é o "Bam bam bam" da política local como ele se achava ser. Totalmente isolado e sem o apoio do Planalto ao seu projeto de reeleição, ele tenta seduzir o DEM para seu lado ao anunciar que está disposto a deixar o cargo de governador para seu vice, Murilo zauith (caso este não dispute nenhum cargo em 2010) para ter mais tempo para campanha. Isso demostra que o Italiano já está completamente preocupado com sua situação política no Estado e não vê outra possibilidade a não ser se licenciar do cargo para ter um pouco mais de folêgo na corrida eleitoral.

Com um governo mediocre, sem grandes obras (aliás, nenhuma) com uma política de arrocho fiscal, perseguição ao funcionalismo público, com o desrespeito à ministros de Estado, com a indisposição com alguns políticos durante seu mandato, é bom mesmo que ele comece a se preocupar em ter mais tempo para tentar juntar suas garrafinhas pois sabe que será muito difícil ele conseguir se manter no cargo em 2011, ou seja, quase impossível.

Nenhum comentário: