segunda-feira, 17 de junho de 2013

UNI-VOS

Foto by: http://migre.me/f3AaH
Temos acompanhado pelos diversos meios de comunicação grandes mobilizações nos mais diversos rincões desse país e com os mais variados motivos, cada uma com uma característica e até mesmo objetivos opostos uma à outra.
Temos visto manifestações de apoio a união homoafetiva, ou casamento gay como preferem alguns. Por outro lado, temos visto pessoas se organizando contra essa decisão do Supremo Tribunal Federal. Temos visto também manifestações, sobretudo nas redes sociais, pela redução da maioridade penal para dezesseis anos. Manifestações pelo Brasil todo contra o aumento da tarifa de ônibus urbano também tem acontecido, algumas por mais de um dia. Vemos parentes e amigos das vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, irem às ruas protestar contra a libertação dos responsáveis pela tragédia que culminou na morte de 242 jovens no dia 27 de janeiro desse ano. Temos também presenciado jovens e índios lutando contra a extinção e demolição do Museu do Índio, na cidade do Rio de Janeiro, para dar lugar às obras do entorno do Estádio do Maracanã que abrigará os jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. E por falar em índios, estamos também vendo toda uma mobilização por parte desses nossos irmãos para garantirem a sobrevivência e a manutenção da sua cultura nas terras que historicamente sempre lhe pertenceram. Tanto aqui em Mato Grosso do Sul, onde há disputa com fazendeiros pela posse de fazendas na região de Sidrolândia, limite com a cidade de Dois Irmãos do Buriti, como na região de Belo Monte, no Estado do Pará, onde está sendo construída uma mega usina hidrelétrica, os indígenas estão se organizando por conta própria, cansados que estão por não serem ouvidos pelo Governo Federal para exporem suas aflições e necessidade. Existe também a mobilização feita pelos próprios fazendeiros que lutam para garantir a manutenção e permanência nessas áreas já que muitos deles tem o títulos delas e que um dia foi vendido pelo próprio Estado afim de garantir a colonização do antigo Estado do mato Grosso, uno ainda.

Sem querer aqui definir quem está certo ou quem está errado nos interesses em que cada grupo citado acima representa, embora eu tenha meus posicionamentos claros em cada uma deles, o objetivo aqui é mostrar que as pessoas estão acordando para as grandes mobilizações a fim de garantir seus direitos. Assim como no passado não muito distante, aonde as pessoas iam para as ruas lutar contra a Ditadura Militar, fazer piquetes em frentes às fábricas na região do Grande ABC em São Paulo, pedir eleições na campanha pelas Diretas Já e depois para depor um presidente que instaurou uma verdadeira máfia no Governo Federal, as pessoas, hoje, estão com sede de serem ouvidas. Isso tudo é um grande sinal para que o governo da presidenta Dilma acorde também e seja mais democrático ao implantar políticas social e de infraestrutura, consultando as partes interessadas. A luz vermelha acendeu e é preciso estar atento à essa nova realidade social.

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