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Foto by: http://migre.me/f3AaH |
Temos acompanhado pelos diversos meios de comunicação grandes
mobilizações nos mais diversos rincões desse país e com os mais variados
motivos, cada uma com uma característica e até mesmo objetivos opostos uma à
outra.
Temos visto manifestações de apoio a união homoafetiva, ou casamento gay
como preferem alguns. Por outro lado, temos visto pessoas se organizando contra
essa decisão do Supremo Tribunal Federal. Temos visto também manifestações,
sobretudo nas redes sociais, pela redução da maioridade penal para dezesseis
anos. Manifestações pelo Brasil todo contra o aumento da tarifa de ônibus
urbano também tem acontecido, algumas por mais de um dia. Vemos parentes e
amigos das vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do
Sul, irem às ruas protestar contra a libertação dos responsáveis pela tragédia
que culminou na morte de 242 jovens no dia 27 de janeiro desse ano. Temos
também presenciado jovens e índios lutando contra a extinção e demolição do
Museu do Índio, na cidade do Rio de Janeiro, para dar lugar às obras do entorno
do Estádio do Maracanã que abrigará os jogos da Copa das Confederações e da
Copa do Mundo. E por falar em índios, estamos também vendo toda uma mobilização
por parte desses nossos irmãos para garantirem a sobrevivência e a manutenção
da sua cultura nas terras que historicamente sempre lhe pertenceram. Tanto aqui
em Mato Grosso do Sul, onde há disputa com fazendeiros pela posse de fazendas
na região de Sidrolândia, limite com a cidade de Dois Irmãos do Buriti, como na
região de Belo Monte, no Estado do Pará, onde está sendo construída uma mega
usina hidrelétrica, os indígenas estão se organizando por conta própria,
cansados que estão por não serem ouvidos pelo Governo Federal para exporem suas
aflições e necessidade. Existe também a mobilização feita pelos próprios
fazendeiros que lutam para garantir a manutenção e permanência nessas áreas já
que muitos deles tem o títulos delas e que um dia foi vendido pelo próprio
Estado afim de garantir a colonização do antigo Estado do mato Grosso, uno
ainda.
Sem querer aqui definir quem está certo ou quem está errado nos
interesses em que cada grupo citado acima representa, embora eu tenha meus
posicionamentos claros em cada uma deles, o objetivo aqui é mostrar que as
pessoas estão acordando para as grandes mobilizações a fim de garantir seus
direitos. Assim como no passado não muito distante, aonde as pessoas iam para
as ruas lutar contra a Ditadura Militar, fazer piquetes em frentes às fábricas
na região do Grande ABC em São Paulo, pedir eleições na campanha pelas Diretas
Já e depois para depor um presidente que instaurou uma verdadeira máfia no
Governo Federal, as pessoas, hoje, estão com sede de serem ouvidas. Isso tudo é
um grande sinal para que o governo da presidenta Dilma acorde também e seja
mais democrático ao implantar políticas social e de infraestrutura, consultando
as partes interessadas. A luz vermelha acendeu e é preciso estar atento à essa
nova realidade social.
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