Sempre que vou escrever um artigo procuro me ater em um tema diferente ao
que está sendo veiculada quotidianamente em nossos meios de comunicação, até
mesmo por que, geralmente são temas que já estão sendo amplamente debatidos e
vem com uma carga de informação que me impede de ser redundante. Mas essa
semana não tive como me conter ao falar sobre aquilo que todo mundo já está
falando há pelo menos duas semanas que é o escândalo da saúde pública em Campo
Grande, sobretudo no Hospital do Câncer, Hospital Universitário e por tabela o
Hospital Regional e o posicionamento de desprezo dos vereadores da nossa
capital com o assunto.
Outro fator que contribui para falta de leitos nas unidades de
internações são os traumas causados por acidentes de trânsito que tem se
tornado uma verdadeira epidemia e que, com isso, tem contribuído para as
lotações em CTI’s e UTI’s. A falta da regionalização, a fragilidade no
atendimento por falta de infraestrutura e a falta de profissionais da saúde no
interior do nosso estado é outro problema, para as cidades interioranas e para
a capital.
Mas o ponto principal é a aqui em Campo Grande, onde dá a entender que há
uma verdadeira máfia da saúde onde algumas especialidades médicas ficam quase
que exclusivamente ligadas a um pequeno grupo de profissionais que acabam
monopolizando os atendimentos e o tratamento. Já ouvi, por exemplo, relatos de
amigo médico que teve que sair do estado para poder trabalhar, pois aqui não
havia mais “espaço” para ele atuar profissionalmente.
Portanto, no mínimo a Câmara Municipal está perdendo a oportunidade para
contribuir para que a saúde de nossa cidade saia desse buraco em que entrou.
Nossa cidade que já foi governada por médicos durante 16 anos parece que não se
preocupou com esse assunto. A CPI que poderia ser criada (e ainda pode)
serviria justamente para, no mínimo, explicar os motivos pelos quais temos uma
saúde tão deficitária. O problema é quando há uma disputa de interesses pessoal
e de família que envolve alguns gestores, ex-administradores e vereadores. O
que se constata agora é que para a gestões passadas o que interessava era o
quanto pior melhor. Só que o melhor aqui era para eles mesmos e para alguns
outros que se beneficiavam com recurso público.
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